Reprodução das plantas com flores

Vamos explicar resumidamente o processo de reprodução das plantas com flores.

A reprodução de plantas com flores começa com a polinização:

A polinização é o transporte dos grãos de pólen para os estigmas (entrada do aparelho genital da fêmea). O órgão varonil é o estambre que compreende a rede onde a terminação, a antera, contém os grãos de pólen. O órgão da fêmea é o pistilo que compreende o ovário protegido pelas sépalas e onde estão os óvulos. O ovário se prolonga por um tubo longo, o estilo, que acaba por um montículo viscoso que reterá os grãos de pólen, o estigma.

As flores da maçã (tal como a maioria dos membros da famílias das Rosaceae), apesar de serem hermafroditas, não são auto-fecundáveis (excepto raras excepções). As flores da macieira e da pereira são hermafroditas. O que é o mesmo: contêm órgãos varonis e órgãos das fêmeas. A macieira dispõe de 17 pares de cromossomas. Certas variedades são diploides e dispõem de 2n de cromossomas. Outras variedades são triploides e têm 3n cromossomas. Os diploides são auto-férteis.

Os triploides não podem auto-fecundar, pelo que necessitam do pólen dos diploides. Entre os diplides, existem certas variedades muito generosas em qualidade do pólen e a sua presença é altamente aconselhada. Mas necessitamos de um vector de transporte do pólen de um indivíduo para o outro.

Os transportes de pólen:

– O vento. Este transporta o pólen um pouco para todo o lado, por azar.
– Os insectos. Em particular as abelhas. Bebem o néctar e recolhem o pólen que vai perdendo pouco a pouco enquanto vão passando de uma flor para a outra.

polinização

A abelha Osmia Cornuta

Esta pequena abelha obreira muto veludo constrói construções tubulares para criar as suas larvas. Esta abelha apresenta várias vantagens perante a nossa abelha doméstica: graças ao seu abundante pêlo acumula mais pólen e passa muito menos tempo limpando-se. Esta começa a trabalha antes da época, assegurando-nos assim a polinização. Podemos favorecer a sua inserção no nosso jardim pondo à sua disposição uns quantos tubos, que encontraremos nos comércios onde ele se poderá instalar.

 

A fecundação:

Quando o grão de pólen cai sobre o estigma (entrada do aparelho genital feminino), cresce-lhe uma espécie de tubo que ao unir-se com o óvulo dará lugar a uma nova célula chamada de zigoto. O novo zigoto será a origem da nova planta. De pouco a pouco se irá dividindo e crescendo. Para alimentar-se, este se rodeia de substâncias nutritivas que lhe serve de alimento conforme vai crescendo. Vai formando um tecido mais resistente, como protecção. A tudo isto é o que chamamos de semente.

A fecundação não se efectua, salvo em condições muito específicas. Primeiramente, como a probabilidade da fecundação do pólen diminui em função da distância, as duas plantas devem estar suficientemente perto uma da outra.

As plantas devem ser da mesma espécie ou de espécies semelhantes. O pólen da planta emissora não fecundará a planta receptora, se ambas as plantas não estão em flor nesse momento.

No caso de uma transferência de um carácter por fecundação cruzada de outras plantas, a importância da propagação será marginal, se a característica não proporciona vantagem selectiva decisiva à planta que a adquiriu.

A germinação:

As sementes capazes de germinar absorvem a água da chuva e se incham. A isto se chama a embebição. Depois de alguns dias, a nova raiz (posteriormente o novo caule) perfuram o envoltório da semente. Uma ou duas folhos embrionárias arredondadas e espessas são visíveis quase desde do inicio: falamos de cotilédones. Estes já existiam na semente; contêm todas as reservas de alimento necessárias para o crescimento da planta.

A germinação do pólen começa com um alargamento deste pela absorção da água da superfície do estigma. Os vacúolos turgentes empurram o intine e o citoplasma até à abertura do grão de pólen. Este é o princípio do crescimento do tubo polínico.

germinação

Quando o tubo polínico aumenta, o citoplasma e os 2 núcleos encontram-se confinados na sua extremidade, deixando o núcleo gametogénico ligeiramente por detrás do núcleo vegetativo. Os fenómenos da elongação celular se encontram limitados à extremidade do tubo. Este atravessa o estilo sem penetrar nunca nas células. As células do tecido de condução actuam como carris para o tubo polínico.

Existem duas categorias de germinação: numa, os cotilédones são levantados pelo crescimento do caule; noutra, estes ficam na terra. No final da germinação, o murchar dos colitédones indica que cumpriram o seu papel. As verdadeiras folhas se desenvolvem sobre o caule e tomam o relevo no trabalho de alimentar a planta graças à fotossíntese.

Este é em suma o processo de reprodução das plantas com flores!

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